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A História dos Calçados no Brasil.

Evolução da história dos calçados no Brasil, da produção artesanal de sapatos de couro à indústria moderna e global.
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Calçados Brasileiros – Mais que Proteção, um Legado de Estilo e História

O calçado é um dos artefatos mais antigos e reveladores da história humana. Sua função primordial, proteger os pés, no entanto, rapidamente evoluiu para um marcador social, econômico e de moda. No Brasil, por exemplo, a história dos calçados é uma trajetória fascinante da nossa própria formação social e industrial, atravessando séculos desde os pés descalços dos povos originários e escravizados até os modernos sneakers e sofisticados sapatos de couro que a Carvello oferece hoje.

Este artigo é um convite para desvendarmos as camadas da história dos calçados no Brasil. Primeiramente, vamos percorrer o caminho desde a Colônia, onde o calçado era um privilégio da elite, passando pela Revolução Industrial silenciosa do Sul, até o cenário contemporâneo, onde o Brasil se consolida como um dos maiores produtores e players de moda-calçadista do mundo. Por fim, descubra a evolução da indústria de calçados no Brasil e a importância do sapato de couro masculino nesse percurso.

I. O Brasil Colonial e Imperial: A Distinção pelos Pés – Os Primeiros Calçados na História do Brasil.

No período colonial, o Brasil era, de fato, em grande parte, uma nação de pés descalços. O clima tropical, a pobreza e, principalmente, o regime escravocrata, ditavam a ausência de calçados para a vasta maioria da população.

Pés Descalços e o Poder Simbólico:

Andar descalço era, para o escravizado, uma condição imposta que reforçava sua subalternidade e servidão. Em contraste, o direito a calçar sapatos – geralmente as botinas de couro para os homens e as botinhas ou sapatos de tecido para as mulheres – era um privilégio reservado à elite e aos homens livres de posses. Portanto, a posse de um par de sapatos de boa qualidade era um forte indicador de status social, uma barreira visual que separava a nobreza e os comerciantes abastados do povo. Assim, a história do sapato no Brasil começa a ser escrita por essas nuances sociais.

A Chegada da Realeza e a Elegância Europeia:

A vinda da Família Real Portuguesa em 1808 marcou um ponto de inflexão na moda brasileira. Como resultado, a corte trouxe consigo os costumes europeus, onde a etiqueta exigia calçados elaborados.

  • Materiais e Estilos: Os sapatos da elite eram majoritariamente importados ou produzidos por artesãos portugueses na corte do Rio de Janeiro. Eram utilizados materiais nobres, como couro refinado, sedas, veludos e cetins, muitas vezes adornados com fivelas e bordados. O salto alto, por exemplo, era um símbolo de distinção, restrito à aristocracia.
  • A “Profissão” de Sapateiro: O ofício de sapateiro, inicialmente dominado por imigrantes, começou a ganhar espaço, embora a produção ainda fosse estritamente artesanal e sob medida, atendendo aos poucos que podiam pagar. Os sapatos de pelica, mais resistentes, só surgiram em 1840, graças a um artesão francês, um marco na melhoria da matéria-prima nacional para calçados de couro.

II. O Século XIX e o Início da Produção Nacional: De Artesão à Fábrica – A Fundação da Indústria Calçadista Brasileira

O século XIX trouxe as primeiras sementes do que viria a ser a indústria calçadista brasileira. Dessa forma, as transformações sociais e a chegada de novos imigrantes foram cruciais para mudar a história dos calçados no Brasil.

A Influência da Imigração Alemã:

O grande motor da industrialização calçadista brasileira, a partir de meados do século XIX, foi a imigração, especialmente a alemã, que se fixou no Sul do país, particularmente no Vale dos Sinos, no Rio Grande do Sul. Esses imigrantes trouxeram consigo um know-how valioso: a técnica do curtume (tratamento do couro) e a tradição do trabalho em couro, fundamental para a produção de sapatos de couro.

  • O Artesanato Ganhando Escala: Inicialmente, a produção seguiu artesanalmente, com pequenas oficinas familiares. O foco era atender a demanda local por calçados resistentes e práticos.
  • O “Sapato Torto”: Uma inovação notável, que chegou ao Brasil no século XIX (trazida pelos americanos), foi a diferenciação entre o pé direito e o pé esquerdo. Até então, a maioria dos calçados era feita no mesmo formato, o que causava extremo desconforto. Portanto, a criação do “sapato torto” não só melhorou o conforto, mas também foi um passo em direção à padronização e à produção de calçados em série.

As Primeiras Fábricas e a Concentração:

Com o aumento da demanda e a necessidade de escala, as oficinas começaram a se transformar em fábricas. No início do século XX, o Brasil ainda tinha uma forte produção artesanal, mas as primeiras unidades fabris começaram a surgir, especialmente em Franca (São Paulo) e no Vale dos Sinos (Rio Grande do Sul), regiões que se tornaram os grandes pólos calçadistas do Brasil. A concentração nessas áreas se deu pela proximidade das matérias-primas e pela mão de obra especializada em couro, herdada dos imigrantes.

III. O Século XX: A Era da Industrialização e a Conquista Global – A Ascensão da Exportação de Calçados Brasileiros

O século XX é o período de ouro da indústria calçadista brasileira, marcado pela modernização, pela produção em massa e, principalmente, pela entrada no mercado internacional.

As Décadas de 50 e 60: O Salto para o Mundo:

A partir da década de 50, a indústria de calçados começou a incorporar maquinário mais moderno. No entanto, o verdadeiro boom ocorreu nos anos 60, quando surgiu a necessidade de buscar novos mercados para escoar a produção que crescia exponencialmente.

  • A Primeira Grande Exportação (1968): O marco zero da exportação de calçados em larga escala ocorreu em 1968, quando a empresa Strassburguer enviou um grande lote de sandálias (o modelo Franciscano) para os Estados Unidos. Foi a prova de que o calçado brasileiro tinha qualidade e competitividade internacional.
  • O Modelo Exportador: O Brasil adotou um modelo de desenvolvimento voltado para a exportação, aproveitando o baixo custo da mão de obra e a qualidade superior do couro nacional. Os sapatos brasileiros (e, posteriormente, as sandálias femininas) ganharam fama mundial, exportando para mais de 150 países e movimentando bilhões de dólares.

A Década de 90 e a Crise da Concorrência:

A partir da década de 90, o cenário global mudou radicalmente, trazendo novos desafios para a indústria calçadista:

  • Globalização e China: O crescimento da produção chinesa, com preços significativamente mais baixos, abalou a hegemonia brasileira. Portanto, o modelo exportador precisou ser repensado.
  • Reestruturação: As empresas brasileiras foram forçadas a passar por uma reestruturação. O foco migrou da mera produção em volume para a agregação de valor, isto é, investindo maciçamente em design, tecnologia, pesquisa de moda e branding para calçados de qualidade.

IV. O Cenário Atual: Design, Tecnologia e Sustentabilidade.

Hoje, o Brasil é um gigante da indústria calçadista. Somos o 4º maior produtor mundial de calçados e um dos maiores players na produção de artigos em couro, um reconhecimento da qualidade da nossa matéria-prima e do design sofisticado que se adaptou às tendências globais.

O Foco no Homem Moderno e Versátil:

Marcas como a Carvello representam a evolução do calçado masculino brasileiro. Não se trata mais apenas de sapatos sociais formais, mas de uma linha completa que reflete a versatilidade da vida moderna:

  • Sapatênis de Couro: O casamento perfeito entre o conforto do tênis e a elegância do couro. É o símbolo do smart casual, o estilo que domina o ambiente de trabalho e o lazer. Em resumo, um sapatênis masculino é a escolha ideal para quem busca versatilidade.
  • Tênis de Couro: A incorporação do couro no calçado esportivo ou casual, elevando o tênis a um patamar de luxo e durabilidade, como uma alternativa moderna ao sapato social. O tênis de couro masculino é uma tendência forte.
  • Sapato Social Refinado: Mantendo a tradição, mas com design e tecnologia que garantem conforto (com palmilhas anatômicas e solados leves), sem abrir mão da elegância clássica. Ainda assim, o sapato de couro continua sendo um item indispensável.

Os Pilares da Indústria Atual:

  1. Design Brasileiro: As empresas investem em coleções próprias, participam de feiras internacionais e ditam tendências. A criatividade e a adaptação ao clima e à cultura brasileira (cores vibrantes, conforto) são diferenciais dos calçados de design brasileiro.
  2. Sustentabilidade: Há um foco crescente em práticas sustentáveis, desde o curtume do couro (com processos que minimizem o impacto ambiental) até a reciclagem de resíduos da produção. A produção sustentável de calçados é uma prioridade.
  3. Tecnologia e Inovação: Máquinas de corte a laser, costura automatizada e o desenvolvimento de solados mais leves e confortáveis colocam o produto brasileiro em pé de igualdade com a concorrência global.

Conclusão: O Legado do Couro e o Caminho Carvello – O Melhor do Calçado Masculino Brasileiro

A história dos calçados no Brasil é uma jornada de superação, marcada pela transição de um artefato de status elitista para um produto industrial de consumo global. Da proteção rudimentar no Brasil Colônia ao design sofisticado de hoje, o calçado brasileiro carrega a herança do couro de alta qualidade, a habilidade artesanal herdada dos imigrantes e a resiliência de uma indústria que soube se reinventar. Para o homem Carvello, essa história significa ter nos pés não apenas um produto, mas um legado. Significa calçar a tradição do couro brasileiro, aliada à modernidade do design e ao conforto da tecnologia. É a garantia de que, ao escolher um sapato, sapatênis ou tênis de couro, ele está vestindo uma peça com história, feita para durar e para acompanhar cada passo da sua própria jornada de sucesso

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GUIA DE MEDIDAS

TAMANHO MEDIDA DA PALMILHA
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28,5 CM
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30,5 CM
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31,0 CM

DESCOBRINDO SEU TAMANHO

Se você possui um calçado com palmilha removível, o processo é bem simples:


1 – Meça do calcanhar até a outra ponta com uma régua ou uma fita métrica.


2 – Com essa medida basta verificar sua numeração na tabela ao lado